Enquanto o Rio se afunda em prejuizos e águas de chuvas, de maré e do
choro daqueles que perderam casa, amigos e parentes, os políticos
ficam com uma postura melhor do que o habitual, mas ainda assim ruim.
Afirmam as falhas da cidade mas se preocupam em se eximir de
culpabilidade e falar que é demagogia e oportunismo atacá-los agora.
De outro lado, opositores fazem de fato demagogia e oportunismo, mas
não podem ter o seu direito de criticar uma falha de gestão real
tolhido. Estando a morar no Rio por sequer 6 meses, não tenho muito a dizer.
Estudei um pouco da história da cidade nos meus primeiros dias por
aqui. Minha paixão pelo Rio merecia ser transformada em amor maduro,
que conhece e estima, agora que a Cidade Maravilhosa se tornou a minha
casa. Nisso, nutri uma admiração profunda pelo Carlos Lacerda, um
homem que parecia amar de verdade o Rio de Janeiro e fez tudo o que
pôde pela urbe fluminense. Ganhei do ex-prefeito César Maia, um homem
público com muitos méritos e muitos deméritos, uma obra fantástica
sobre o Lacerda governador, que ora leio com gosto. Fecho o parêntese. É fato que um homem público como o Lacerda é coisa
dificílima de se encontrar. Temos que agir de forma a tirar o melhor
possível dos oportunistas que se revezam no trono governamental.
Fazemo-lo criticando, apontando falhas, fazendo barulho, de forma que,
por vergonha, crédito à própria reputação ou sobrevivência política,
corrijam os políticos as falhas que cometem. Neste momento eu tenho que bater numa tecla incrivelmente clichê. E eu
odeio clichês. Obras de estrutura são necessárias, mas não aparecem e não dão voto. O
volume de chuvas foi irreal, é claro, mas o alagamento que vimos foi
igualmente irreal. Os asfaltos das ruas são incrivelmente irregulares,
não facilitando o escoamento. Há inúmeros bueiros entupidos, ou são
insuficientes. As galerias pluviais não tem o tamanho necessário.
Qualquer chuva mais forte e mais longa alaga certos pontos da cidade,
que todos sabem quais são. Aqui em Botafogo, a Voluntários da Pátria
vira um rio. A Praça da Bandeira, no centro, vira um lago. Todos sabem
disso. Botar a culpa no Paes? Justo. Merecem também a culpa César Maia e
Conde, Marcelo Allencar, Jamil Haddad e Saturnino Braga. Todos os que
governaram esta cidade e relegaram ao segundo plano o necessário
invisível. Mas vivamos com as armas que temos. Critiquemos o
incumbente. Não dá para ficar num sebastianismo carioca, esperando
Carlos Lacerda num cavalo branco brandindo um plano para o Rio. Mas
podemos esperar uma política mais digna. Torço por isso. Enquanto isso, podemos restaurar a marchinha: Rio de Janeiro,
cidade que nos seduz,
de dia falta água,
de noite falta luz
choro daqueles que perderam casa, amigos e parentes, os políticos
ficam com uma postura melhor do que o habitual, mas ainda assim ruim.
Afirmam as falhas da cidade mas se preocupam em se eximir de
culpabilidade e falar que é demagogia e oportunismo atacá-los agora.
De outro lado, opositores fazem de fato demagogia e oportunismo, mas
não podem ter o seu direito de criticar uma falha de gestão real
tolhido. Estando a morar no Rio por sequer 6 meses, não tenho muito a dizer.
Estudei um pouco da história da cidade nos meus primeiros dias por
aqui. Minha paixão pelo Rio merecia ser transformada em amor maduro,
que conhece e estima, agora que a Cidade Maravilhosa se tornou a minha
casa. Nisso, nutri uma admiração profunda pelo Carlos Lacerda, um
homem que parecia amar de verdade o Rio de Janeiro e fez tudo o que
pôde pela urbe fluminense. Ganhei do ex-prefeito César Maia, um homem
público com muitos méritos e muitos deméritos, uma obra fantástica
sobre o Lacerda governador, que ora leio com gosto. Fecho o parêntese. É fato que um homem público como o Lacerda é coisa
dificílima de se encontrar. Temos que agir de forma a tirar o melhor
possível dos oportunistas que se revezam no trono governamental.
Fazemo-lo criticando, apontando falhas, fazendo barulho, de forma que,
por vergonha, crédito à própria reputação ou sobrevivência política,
corrijam os políticos as falhas que cometem. Neste momento eu tenho que bater numa tecla incrivelmente clichê. E eu
odeio clichês. Obras de estrutura são necessárias, mas não aparecem e não dão voto. O
volume de chuvas foi irreal, é claro, mas o alagamento que vimos foi
igualmente irreal. Os asfaltos das ruas são incrivelmente irregulares,
não facilitando o escoamento. Há inúmeros bueiros entupidos, ou são
insuficientes. As galerias pluviais não tem o tamanho necessário.
Qualquer chuva mais forte e mais longa alaga certos pontos da cidade,
que todos sabem quais são. Aqui em Botafogo, a Voluntários da Pátria
vira um rio. A Praça da Bandeira, no centro, vira um lago. Todos sabem
disso. Botar a culpa no Paes? Justo. Merecem também a culpa César Maia e
Conde, Marcelo Allencar, Jamil Haddad e Saturnino Braga. Todos os que
governaram esta cidade e relegaram ao segundo plano o necessário
invisível. Mas vivamos com as armas que temos. Critiquemos o
incumbente. Não dá para ficar num sebastianismo carioca, esperando
Carlos Lacerda num cavalo branco brandindo um plano para o Rio. Mas
podemos esperar uma política mais digna. Torço por isso. Enquanto isso, podemos restaurar a marchinha: Rio de Janeiro,
cidade que nos seduz,
de dia falta água,
de noite falta luz
Aqui em Brasília no dia de “caos” demoro uma hora pra chegar em casa… Detalhe..moro fora do Plano Piloto próximo a uma cidade satélite popular 26 km do centro…
Ah Brasília… hehe
abraços,