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Originally uploaded by Luís Guilherme

Em tempos de Pan, é interessante refletir sobre a vitória e a derrota. Ontem, participei de uma competição no TopCoder na qual tive um rendimento pífio. Contudo, após a competição, descobri meus erros, aprendi como solucioná-los, e provavelmente não os cometerei novamente.

A derrota é assim. É dura, mas de uma dureza que ensina. Ela nos dói, e para evitarmos essa dor no futuro, tentamos tirar o máximo de proveito dela.

A vitória, contudo, nada nos ensina. Ela nos traz felicidade, êxtase, às vezes até bens materiais (na foto são os cinco primeiros de uma competição do Google, o Google Code Jam Latin America. Eles foram premiados com mais de US$1000.00. Eu ganhei US$175.00 e um iPod, o que já é excelente), mas não saímos melhores dela. Quando temos alguma conquista é por causa do que já tínhamos.

Ainda assim, a derrota não teria utilidade sem a vitória. O que nos faz correr atrás depois de uma derrota é a vontade de se superar e vencer na próxima. Vitória e derrota, embora eminentemente humanas, não são nossas invenções, elas existem essencialmente nas leis do mundo. O fato de uma sustentar a outra é mais uma prova de que as leis eternas são perfeitas.

***

É claro que assistir a uma olimpíada de matemática, de física, um campeonato de xadrez pode não ser tão emocionante como uma partida de futebol. Mas imagino que haja abordagens possíveis, como a ESPN já faz com o Poker, com muito sucesso.

Temos uma idéia reinante de que devemos oferecer esporte aos carentes. Ora, isso é excelente, mas será que um carente não pode se tornar um grande físico, matemático, enxadrista, algoritmista? Será que devemos restringir seu futuro ao de jogador de futebol e, caso não logre sucesso nessa empreitada, ao de pedreiro?

Grandes mentes vieram de situações difíceis. Steve Jobs, gênio do design e da inovação tecnológica, juntava garrafas retornáveis para sobreviver, e andava 15km por semana para ter uma refeição decente com os Hare Kr.s.na. Talvez não saiba arremessar uma bola.

“Novos Pelés” são importantes, é claro. Mas não podemos esquecer dos “Novos Kasparovs”. Cuba investe no esporte, mas não produz nada para o mundo além de excelentes esportistas e revolucionários que destróem vidas. Vai ser difícil encontrar um esporte pujante na Hungria ou na Polônia mas, muito da ciência mundial vem desses países. Também podemos ser equilibrados como os EUA, onde esporte e Universidade andam juntos (modelo muito criticado entre os “bem-pensantes” europeus, mas que funciona), e que tem aporte financeiro para importar as melhores cabeças do mundo.

O que nos cabe é escolher nosso futuro: o prazer da vitória, ou a serenidade da derrota diária que nos engrandece com o tempo.

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